Escolas que oferecem educação integral proporcionam boas experiências e um ensino de qualidade aos estudantes. Esse tipo de projeto pode ser referência tanto na organização do tempo e do espaço das atividades como na formação dos profissionais e no monitoramento e avaliação do programa. Foi o que revelou um estudo realizado pela Fundação Itaú Social, Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef) e o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec).
“Escolas com educação integral devem ser priorizadas para um desenvolvimento do ensino-aprendizado e para a melhoria na qualidade do ensino. A ampliação deste modelo é fundamental para que o país dê um salto na área da educação”, avalia Belmiro Valverde Jobim Castor, presidente do Centro de Educação João Paulo II (CEJPII).
Segundo Castor, as instituições de ensino possuem uma carga horária reduzida de quatro horas diárias que, se ampliadas para sete horas, resultará em um nível de maior qualidade de ensino para os alunos. “Nessas três horas a mais que permanecem na escola, os estudantes podem receber reforço das disciplinas específicas, como Matemática e Português, além de atividades culturais como dança, teatro, música e práticas esportivas”, diz.
O presidente analisa que é na escola que parte da personalidade da criança é formada, pois nela passa a se relacionar com outras crianças, aprende que os laços da amizade são importantes, respeita o próximo e exercita a criatividade. “Com um tempo de frequência maior, os alunos poderão aprender muito mais resultando na construção de cidadãos de bem”, esclarece.
Para Castor a educação é um dos pilares para uma sociedade fortalecida e sadia. “A educação é capaz de transformar as pessoas. Não podemos deixar que essa solução para tantos problemas acabe passando despercebida aos nosso olhos. Precisamos investir, e muito. Mas esse trabalho deve ser feito em conjunto, pois na coletividade conseguiremos obter o êxito esperado”. E completa: “por isso uma instituição de ensino não visa apenas transmitir conteúdos pedagógicos. Deve ter como propósito a formação integral do aluno, transmitindo lições de vida e fazendo, assim, com que tenham uma relação de confiança e de respeito com a escola”, argumenta.
No caso CEJPII, o modelo provou que o ensino integral é de suma importância para que os alunos tenham uma vida melhor, seja dentro ou fora da escola. “Atendemos mais de 200 crianças carentes com ensino integral, oferecendo reforço escolar e diversas atividades culturais, que implicaram no melhor desempenho dos alunos”, finaliza Castor.