A merenda escolar é um requisito básico e que faz a diferença para os estudantes. Uma alimentação saudável e balanceada pode auxiliar no desenvolvimento físico e intelectual de crianças e adolescentes. “A fase escolar é um período que exige muito dos jovens, pois, além do crescimento, essa é uma fase em que o organismo vai produzir mais vitaminas e armazenar nutrientes para toda a vida. Uma merenda bem elaborada também vai ajudar o aluno no desempenho escolar”, avalia Thereza Emed, nutricionista voluntária do Centro de Educação João Paulo II (CEJPII).
Para a nutricionista a merenda também pode ajudar meninos e meninas a manter bons hábitos alimentares. “Muitas vezes, a criança, na presença dos pais, tem certa resistência em comer determinados alimentos. Como o cardápio da merenda escolar tem uma grande variedade de alimentos, incluindo proteínas, cereais e vegetais, quando o aluno percebe que os colegas estão comendo ele também come sem muita oposição”, explica.
Segundo a especialista, no caso das crianças, existe muito a questão do paladar e do aspecto dos alimentos. “É muito comum você verificar meninos e meninas dizendo que não gostam de determinado legume ou verdura, mas na maioria das vezes eles nunca provaram e não sabem qual o sabor. Por isso é importante motivá-los a experimentar. Além disso, quando o estudante se habitua a comer uma variedade de alimentos na escola, em casa ele também vai manter esse costume”, comenta.
No CEJPII os estudantes recebem três refeições diárias. Ao todo a escola serve cerca de 500 refeições por dia. “Na escola tentamos variar o máximo possível o cardápio durante a semana, para que a criança desfrute o momento da alimentação e também porque, em muitos casos, essa será a principal refeição daquele estudante”, conta Thereza.
O Projeto
O Centro de Educação João Paulo II atende mais de 260 alunos carentes de 3 a 14 anos, com ensino integral das 8h às 16h30 na educação infantil (3 a 6 anos) e programa de contraturno de 4 horas diárias para estudantes da rede pública. Os alunos têm uma jornada escolar diária de mais de oito horas, a mesma dos países desenvolvidos e duas vezes maior do que a jornada comum nas escolas brasileiras. Os estudantes são selecionados pelo critério da renda familiar, ou seja, quanto menor a renda, maior a prioridade para a matrícula.