Só quem tem muito amor e respeito pelo próximo, especialmente às pessoas menos favorecidas socialmente, é capaz de partir para uma aventura como é a do Centro de Educação João Paulo II. E quem partiu para responder ao desafio de oferecer ensino de qualidade – ‘como aqueles que damos a nossos filhos e netos’ – foi o casal Belmiro Valverde Jobim Castor e Elizabeth Castor. O casal “fez a luz”, criou o João Paulo.
Lembro-me muito bem das primeiras conversas, na intimidade da casa deles – a qual sempre encontrei aberta, em 45 anos de amizade com o casal – sobre o projeto. Era um sonho dos dois, um pouco calcado, acredito, em experiências que eles viram e conheceram nos anos em que Belmiro estudou em universidades norte-americanas.
E assim as coisas foram acontecendo: Belmiro e Elizabeth comunicaram aos mais próximos, de saída, a intenção de criar uma escola modelar para meninos e meninas que nem poderiam sonhar com educação como a garantida por escolas de alto padrão, como Bom Jesus, Positivo, Santa Maria. Tudo sem custo para os alunos, em ambiente arquitetonicamente adequado, com material pedagógico de primeira, assim como educadores selecionados pelo Bom Jesus.
Desnecessário dizer em que se transformou o sonho do casal, com o apoio de gente extraordinariamente sensível à questão educacional, como Jayme Canet Junior e João Elísio Ferraz de Campos, dentre outros. A realidade Centro de Educação João Paulo II (cujos detalhes de sucesso e das boas colheitas são encontrados neste site) está consolidada.
No entanto, sinal vermelho aparece: o momento nacional de dificuldades, e a falta ainda de uma ampla mentalidade comunitária que dê suporte à iniciativa, estão sinalizando dias difíceis para a obra. Tenho esperança que a semente plantada pelo casal Castor tenha caído, de fato, em terra
boa. E que assim os que têm poder e recursos materiais, no Paraná, possam dar um grande Natal para essas crianças.
* Aroldo Murá é jornalista e colaborador do CEJPII