Muitos pais esperam que os filhos sejam alunos exemplares, mas quando isso não acontece ou a criança demonstra dificuldade nos estudos, a preocupação aumenta e muitos não sabem como agir. Esse tipo de problema fica ainda mais complicado quando chega o final do ano letivo. Porém, segundo Alexandra Lima, coordenadora pedagógica do Centro de Educação João Paulo II (CEJPII), o acompanhamento deve ser feito em todos os semestres, principalmente no início do ano. “No começo das aulas a criança pode começar a demonstrar alguma resistência. Às vezes, os pais não dão muito importância, pois acham que é uma fase de adaptação, após o retorno das férias, mas nem sempre é assim”, relata.
A coordenadora explica que a família precisa estimular e enfatizar a importância dos estudos para os alunos, além de acompanhar o desempenho escolar. “Nesse caso, o diálogo é a melhor solução para tentar entender o que está acontecendo, se é um problema pontual ou não. Insistir em ameaças ou castigos nem sempre tem o efeito necessário, pois o estudo pode ser tornar algo negativo como uma obrigação, que não traz nenhum tipo de prazer”, explica.
Para Alexandra, uma boa prática está no acompanhamento do dever de casa por parte dos pais. No momento de fazer os exercícios, as crianças precisam de concentração e qualquer coisa que possa tirar a atenção pode ser ruim. “Em alguns casos, enquanto a criança está fazendo o dever, os pais estão se divertindo e fazendo outras coisas como assistindo à TV, por exemplo, o que é errado. Estudar tem que ser algo positivo e a criança tem que perceber o envolvimento de todos nesse processo”, aconselha.
Outro ponto importante, de acordo com a pedagoga, é o bom exemplo dos pais para incentivar o gosto pela leitura e a curiosidade para aprender coisas novas. “A criança segue os hábitos daqueles que estão à sua volta e influenciam o seu comportamento. A família é a principal incentivadora, além da base escolar. Por isso o ensino não se limita apenas ao horário de aula. Também é aconselhável realizar atividades culturais como visita a museus e bibliotecas”, avalia.
Segundo a coordenadora, alguns problemas podem ser um pouco mais complicados para resolver, como os casos em que a criança tem resistência em ir para a escola, dificuldade em apenas uma matéria ou problemas de relacionamento que afetam os estudos. “Nesse caso, o ideal é procurar ajuda de um psicólogo ou outro especialista, que vai identificar a origem do problema. O importante é que os pais sempre verifiquem e analisem o comportamento dos filhos”, recomenda.