Valorização de docentes pode auxiliar no aprendizado

Um estudo realizado pela Fundação Lemann e pelo Itaú BBA mostrou que estratégias para a valorização dos professores auxiliam na melhora do processo de aprendizado dos alunos. A pesquisa foi feita por meio da Prova Brasil 2011 e mapeou escolas públicas nos anos iniciais do ensino fundamental, que atendem estudantes de baixo nível socioeconômico. Entre as descobertas do estudo, também está o engajamento das escolas públicas com as secretarias municipais de educação e o acompanhamento individual das escolas.

“O estudo mostrou que, a partir de pequenas ações, é possível conseguir um ensino de qualidade. Para nós, do Centro de Educação João Paulo II, essa é uma prática que acontece desde a fundação da escola. Professor bem preparado e estimulado trabalha satisfeito e ensina melhor“, avalia Belmiro Valverde Jobim Castor, presidente do Centro de Educação João Paulo II (CEJPII).

Segundo Castor, o caminho para alcançar o nível de ensino desejado nas escolas públicas é mais simples do que se espera. “Temos exemplo de muitas histórias de sucesso, nas quais foi empregada a receita básica do trabalho conjunto entre escola, comunidade e poder público. Essas escolas tiveram diversos resultados positivos como maior frequência dos alunos e notas acima da média”, comenta.

Além disso, o presidente destaca que um bom desempenho escolar não depende somente da escola, mas também da interação dos pais na rotina escolar dos filhos. “Por mais que o cotidiano familiar seja agitado, os pais também precisam desempenhar um papel de educador, acompanhando as dificuldades e progressos do filho. Esse estímulo fará com que a criança tenha interesse no aprendizado, além de ver o pai como alguém em que pode se apoiar”, pondera.

O Projeto
O Centro de Educação João Paulo II atende mais de 240 alunos carentes de 3 a 14 anos, com ensino integral das 8h às 16h30 na educação infantil (3 a 6 anos) e programa de contraturno de 4 horas diárias para estudantes da rede pública. Os alunos têm uma jornada escolar diária de mais de oito horas, a mesma dos países desenvolvidos e duas vezes maior do que a jornada comum nas escolas brasileiras. Os estudantes são selecionados pelo critério da renda familiar, ou seja, quanto menor a renda, maior a prioridade para a matrícula.